Sempre usamos “que” e, de repente, alguém aparece e diz: caso você se refira a uma pessoa, use “quem”!
Então, passamos a usar “quem” até que encontramos em um jornal conceituado: O ministro da educação foi que disse que nada mudaria com a nova lei!
Não deveria ser “quem disse”?
Resolução do problema: Quando nos referimos a pessoas, podemos utilizar tanto o pronome relativo “que” quanto “quem”. Cabe ao indivíduo decidir e ter bom senso em não ficar repetindo o “que” em todas as ocasiões, uma vez que este pode se substituído por: quem, o qual, a qual, os quais, as quais.
a) Foi ela que disse que não era para fazer daquela cobertura de chocolate que a Ana fez, que engorda.
A repetição de “quês” na oração acima empobrece o enunciado e o torna cansativo. Veja como fica melhor com as substituições e mudanças cabíveis, sem alteração no sentido:
a) Foi ela quem disse para não fazer daquela cobertura que a Ana fez, a qual engorda.
É menos comum vermos frases do tipo: João, quem trouxe o refrigerante, não podia beber gelado. Mas não está errada!
Há uma observação a se fazer:
Quando utilizar “que”, o verbo deverá concordar com o antecedente deste pronome:
a) Fui eu que disse
b) Foste tu que disseste
c) Foi ele que disse
d) Fomos nós que dissemos
e) Fostes vós que dissestes
f) Foram eles que disseram
E quando utilizar “quem”, o verbo ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular:
a) Fui eu quem disse
b) Foste tu quem disse
c) Foi ela quem disse
d) Fomos nós quem disse
e) Fostes vós quem disse
f) Foram eles quem disse
Veja: Eles disseram que não queriam ir.
Quem disse isso foram eles.
OBS: Se duvidar da concordância da frase, experimente trocar a ordem de ideias (de ativa para passiva). Exemplo:
"Fomos nós quem disse isso. → Quem disse isso fomos nós."
http://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/quem-ou-que.htm